domingo, 27 de dezembro de 2015

começo74




começos
Aí então pôs (etíthei) a grande força do rio Oceano, na orla extrema do escudo bem feito (poietoîo). Ilíada, XVIII. trad. Jacyntho Brandão.

(o homem que queria um barco)  (...) como poderia falar-lhes eu duma ilha desconhecida, se não a conheço (...) quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver (...) que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós (...) como foi que aprendeste essas coisas, (a mulher da limpeza) assim, assim como, como tu, quando disseste ao capitão do porto que aprenderias a navegar no mar, ainda não estamos no mar, mas já estamos na água (...).  José Saramago, O conto da ilha desconhecida.

Cíclope, perguntas-me meu nome famoso? Então eu mesmo o direi todo (...) Meu nome é Ninguém; de Ninguém me chamam, meu pai, minha mãe e todos os outros companheiros (...) Homero, Odisseia, IX, Trad. Jacyntho Brandão.

definição de rede: uma porção de buracos, amarrados com barbante ... cujo paradoxo traz-nos o ponto de vista do peixe (...) J. G. Rosa, Tutameia.

quero ficar no teu corpo, feito tatuagem, que é pra te (me) dar coragem pra seguir viagem, quando a noite vem (...). Chico Buarque. Tatuagem.

(...) E a quase insuperável fragilidade do balão obrigava ainda a um conjunto de gestos protetores que lembravam a Calvino a pequena distância que existe entre a enorme e forte vida que ele agora possuía e a enorme e forte morte que andava sempre, como um inseto desconhecido mas ruidoso, a cada momento a circular em seu redor. Gonçalo Tavares. O senhor Calvino.

começo, Lino, recomeçamos.


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